Será que somos bem representados nos anúncios publicitários?

Nos últimos anos, os média têm tido uma importância inquestionável. Pois através destes sabemos o que consumir e de que forma o fazer, sendo que desta forma compramos aquilo que vemos e ouvimos. A publicidade dispõe ao consumidor representações de um possível novo self, mais interessante e socialmente desejável. Portanto, os intervenientes nos anúncios públicitários não são uma representação realista, mas uma referência desejada.

Sendo que o corpo é usado como objeto, produto de venda, onde a publicidade acaba por criar um padrão do ser humano.

Antigamente, uma parte da publicidade representada pela comunidade feminina estava relacionada aos ideais caseiros, anúncios de produtos de limpeza, móveis, electrodomésticos, enquanto outra parte direcionava-se para a roupa íntima. Com o tempo, a mulher conseguiu ocupar o seu lugar na sociedade e passou a publicitar todos os produtos.

Relativamente aos homens, faziam publicidade aquilo que as mulheres não tinham acesso. Por outro lado, nos dias de hoje passam a assumir um papel mais físico e de sedução.

As propagandas que induzem a compra de perfumes, roupas, produtos de higiene estão ligadas automaticamanete a modelos que são vistos como uma aquisição do produto, sendo estes explorados, pois aparecem nas televisões com o corpo perfeito e sem demonstração de tempo no rosto.

Hoje em dia, a população demonstra o seu desagrado nas redes sociais relativamente às publicidades, visto que não retrata pessoas reais, mas sim quem a empresa considera de ideal. Devido a essa mentalidade, muitas empresas tiveram baixas nas vendas e começaram a ouvir o consumidor. Tem caído alguns muros que separavam a publicidade da vida real e, apesar de ser a um ritmo lento esta nova abordagem tem conseguido derrubar estereótipos.

Poucas foram as empresas que mudaram de estratégia. Deixo a questão em aberto, será que a imagem publicitária necessita de ser renovada e atualizada?